A Direção Geral de Saúde revelou que a onda de calor que assolou Portugal provocou quase 300 mortes. É preciso dizermos a verdade sobre estas mortes. Elas não são apenas ´mortes adicionais´ frutos de uma ‘anomalia metereológica. São mortes provocadas diretamente pela crise climática. São mortes pelas quais os governos, os ultra-ricos, e empresas petrolíferas como a Galp devem ser diretamente responsabilizadas. A ciência é clara: o aumento de emissões de gases com efeito de estufa, nomeadamente através da queima de petróleo e outros combustíveis fósseis, faz subir a temperatura do planeta. Os governos e as empresas petrolíferas já sabem da crise climática e dos seus efeitos mortíferos – como ondas de calor insuportáveis – há décadas, mas decidiram continuar a investir no seu próprio lucro.
A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) confirmou que o ano de 2024 foi o ano mais quente de sempre e o primeiro a cima dos 1.5ºC de aquecimento a cima dos níveis pré industriais. Este não é um evento isolado. Apenas em 2024 foram registadas 151 eventos sem precedentes, como cheias e ondas de calor, segundo um relatório da OMM. Apesar da destruição e mortes crescentes, em 2024, foi também atingido um novo recorde de emissões de gases de efeito estufa.
Na Europa a onda de calor extremo levou o Secretário Geral da ONU a afirmar que a Terra está a ficar mais quente e perigosa – nenhum país está imune. Nos Estados Unidos, cheias repentinas no Texas levaram à morte de dezenas de pessoas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o calor anormal resultado do aquecimento global mata anualmente 175 mil vidas na Europa, a nível mundial cerca de 489 mil e estima-se que 3.6 mil milhões de pessoas estão a ser afetadas pela crise climática”.
O Climáximo está em solidariedade, de luto, e em luta, reconhecendo como culpados aqueles que perpetuam a queima de combustíveis fósseis, e que escolheram queimar combustíveis fósseis para enriquecer, sabendo que os seus atos resultariam num planeta mais quente e mais violento, com cheias, secas, incêndios, ondas de calor, fome, e conflitos que semanalmente causam mortes todas as semanas.”
Convocamos uma assembleia de resistência popular que vai preparar a contra-ofensiva para desmantelar o sistema fóssil e parar a guerra que os governos e empresas declararam aos povos e ao planeta.
A assembleia será no dia 12 de Julho, sábado, às 18 horas na praça José Fontana, em Lisboa. Aparece! Se tiveres dúvidas ou quiseres mais informações, envia-nos um email ou uma mensagem direta. Vemo-nos sábado.

