CONVOCATÓRIA
O Nosso Futuro Não Está à Venda!
Fim ao Fóssil até 2030
Manifestação convocada pela Greve Climática Estudantil Lisboa e organizada por esta e pelo Climáximo numa frente pelo Fim ao Fóssil.
Queremos poder viver num mundo justo, sem medo, com bem-estar num planeta habitável. É por este mundo que temos lutado. Mas o que vemos à nossa volta é um mundo em colapso, um mundo de crises, de injustiças e de morte.
Vemos o custo de vida a aumentar, um genocídio em direto e a ascensão do fascismo. Vimos neste verão, em Portugal, milhares de mortos devido ao calor extremo e o maior incêndio de sempre no nosso território. Caminhamos a passos largos para o colapso climático: para a seca e falta de água em metade do território nacional, para incêndios cada vez maiores, para ondas de calor mais mortíferas que levam à sobrelotação dos Hospitais e para a ameaça permanente da próxima catástrofe que nos pode levar a nós ou a alguém que amamos.
A ciência é clara: o uso e exploração de combustíveis fósseis está a destruir as condições que permitem a vida no planeta. A crise climática está aqui, e vai chegar a todos nós. E o tempo para a travar está a terminar. Mas o Governo continua a recusar-se a garantir um plano que garanta o fim dos combustíveis fósseis nos prazos da ciência, preferindo continuar a vender o nosso futuro à indústria fóssil.
Para salvaguardar o presente e o futuro, hoje a sociedade inteira tem uma decisão a tomar: unir-se atrás da reivindicação de Fim ao Fóssil até 2030 ou ser cúmplice na condenação de todas as gerações vivas a um mundo inabitável.
Desde as Greves Climáticas Estudantis em 2019 que mobilizaram para as ruas milhares de pessoas, até às ocupações de escolas em 2022 que uniram centenas de estudantes, e às e as dezenas de protestos perante os políticos, que nós, os jovens deixamos algo bem claro: a luta pelo Fim ao Fóssil até 2030 é uma reivindicação existencial. Em 2024, escrevemos e entregámos ao governo um ultimato: uma carta a exigir que este apresente um plano para acabar com o uso de combustíveis fósseis no
nosso país até 2030, através de uma transição justa que não prejudique as pessoas que não causaram esta crise. Demos ao governo até 22 de novembro de 2025 para mostrar este plano porque o tempo escasseia para tornar o presente e o futuro habitáveis. partir de 17 de novembro, os estudantes vão parar as suas escolas em protesto como último aviso ao governo. Vamos mostrar que não consentimos que vendam o nosso futuro, e que estamos dispostos a parar as nossas escolas e não ser governáveis por quem está a condenar a nossa vida.
Dia 22 de novembro, se o governo nada tiver feito, convocamos toda a sociedade a sair às ruas, lado a lado para exigir o futuro a que todos temos direito e marchar até à Assembleia da República em Lisboa.
Tu não podes ficar parado com toda esta destruição à tua volta. Tu, estudante, que todos os dias projetas a tua vida e que sonhas com o que podes vir a ser, chegou o tempo de lutar por esse futuro. Tu, professor que estás a educar uma nova geração e não queres que estes vivam num mundo em chamas, junta-te a nós para imaginar um novo mundo. Tu, profissional de saúde, que sabes que a crise climática é e será cada vez mais uma crise de saúde pública e que te comprometeste em salvaguardar a vida humana, tu sabes que precisas de lutar ao nosso lado. Tu, artista, que sempre tiveste um papel fundamental em todos os momentos de transformações sociais, vocês são precisos, uma vez mais. Vocês, pais e mães, precisamos que marchem connosco, como um ato de cuidado, um ato de proteção. Tu que estás vivo hoje e não consentes com a destruição da vida e a venda do futuro!
Dia 22 de Novembro, vamos lutar pelo futuro a que temos direito, por um mundo sem combustíveis fósseis, que tenha a justiça para todas as pessoas no centro.
O nosso futuro não está à venda. A nossa vida não está à venda. Pelo fim ao fóssil até 2030 e pelo fim a toda a violência contra as pessoas, saí à rua e junta-te!

Como te podes juntar
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