Os dois coletivos interromperam o evento “40 anos de Portugal na União Europeia” na Feira do Livro, onde estavam presentes Paulo Rangel e a representante da Comissão Europeia em Portugal, evidenciando “a sua cumplicidade, e consequente culpa, de um genocídio que já matou mais de 60 mil palestinianos (dos quais mais de 17 mil são crianças) desde Outubro de 2023”.
O evento “40 anos de Portugal na UE”, que decorria na Feira do Livro em Lisboa foi interrompida por protestantes dos coletivos Greve Climática Estudantil e Climáximo. Várias pessoas interromperam o evento envergando cartazes com as frases “Pára de consentir, começa a agir” e “Paulo Rangel culpado do genocídio”, entre outros e gritando palavras de ordem como “Palestina Livre”.
Filipe Antunes, estudante universitário do coletivo Greve Climática Estudantil, afirma que “fazemos nossas as palavras de Greta Thunberg, uma das tripulantes do barco, ao afirmar que não pode haver justiça climática em terra ocupada e que não pode haver justiça climática sem justiça social. A luta pelo clima e pela vida é indissociável pela luta pelas pessoas, pela Humanidade, justiça e dignidade. Não vamos parar até que a Palestina seja livre e que este sistema fóssil seja desmantelado”.
De acordo com Leonor Canadas, apoiante do Climáximo, “tanto Paulo Rangel como a União Europeia e seus representantes são culpados pelo genocídio que está em curso na Faixa de Gaza. Nós, as pessoas comuns, não podemos continuar a consentir com um sistema económico e político global que faz de Gaza um verdadeiro inferno na Terra, investe nas armas de guerra, na violência e nas fronteiras, e coloca o pé no acelerador do abismo climático ao continuar a investir em mais combustíveis fósseis. A História é feita pelas pessoas que, como nós, decidiram pôr fim às injustiças do seu tempo. Hoje, é a nossa vez”.
Em comunicado, os coletivos evidenciam que “Israel, os Estados Unidos e a União Europeia são culpados pela morte de dezenas de milhares de crianças, homens e mulheres palestinianos à morte, alimentando um genocídio que está a ser livestreamed. E, enquanto as pessoas comuns continuarem a consentir com esta violência, eles vão continuar a, um pouco por todo o mundo, investir na guerra, nas fronteiras, no colapso climático, e na destruição. Temos de parar de aceitar este sistema e tomar ação conjunta, agora”.

