Coletivo por justiça climática afirma que “estes resultados confirmam o que já sabíamos: confiar as nossas vidas a este Parlamento é suicídio”. Está marcada uma “assentada popular” para o dia 1 de Junho no aeroporto de Lisboa.
O Climáximo, coletivo por justiça climática, reagiu esta manhã aos resultados eleitorais com um apelo à “resistência climática imediata”. Para o Climáximo os resultados da noite eleitoral, que demonstraram uma derrota na esquerda parlamentar e uma subida abrupta da extrema-direita, “são um sinal claro para todas as pessoas que sabem que é necessário travar o colapso climático e social de que este sistema foi construído para falhar e que é necessário entrar em resistência climática já”.
O coletivo, que apresentara uma análise do programa de todos os partidos em comparação com o Plano de Desarmamento e de Paz, já tinha afirmado que “confiar a nossa vida às urnas é suicídio”. Matilde, porta-voz, explica: “com 5 anos para acionarmos o travão de emergência para não cairmos no abismo climático, nenhum partido apresentou qualquer programa eleitoral compatível com os limites e as barreiras de segurança delimitadas pela ciência. Nenhum partido se comprometeu com a neutralidade carbónica e o fim da economia fóssil até 2030. Todos os partidos consentem com a construção de um novo aeroporto e, cima de tudo, todos preferem proteger o atual status quo absurdo em vez de transformar tudo enquanto ainda podemos, por uma vida justa para todos e por um planeta habitável”.
Em comunicado, o Climáximo afirma que “estes resultados eleitorais devem servir para nós, as pessoas comuns, abandonarmos de uma vez por todas qualquer esperança de que o sistema irá resolver a crise climática e as crises sociais. Temos de ser nós a construir o poder popular. Só o povo vai salvar o povo”.
Está marcada uma assentada popular no dia 1 de Junho no aeroporto de Lisboa para “travar a crise climática e por transportes públicos grátis para todos”, com ponto de encontro às 15h na Alameda D. Afonso Henriques. Para a porta-voz, a importância deste protesto neste momento naquela que é a infraestrutura mais poluente de Portugal é “demonstrar que apenas o poder popular, com as nossas próprias mãos, irá travar a crise climática, derrubar o fascismo, e construir um planeta justo e habitável para todas as pessoas”.
