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Climáximo perturba voo Porto-Lisboa em protesto contra “bombas climáticas” que são os voos de curta distância

Coletivo por justiça climática denuncia rota com 18 voos diários e apela a mobilização “para travar a crise climática e por mais transportes públicos para o povo”

Esta manhã, um apoiante do Climáximo perturbou a partida de um voo da TAP a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, em direção a Lisboa. Devido ao protesto, o voo foi atrasado cerca de 20 minutos. Ao entrar no avião, recusou-se a sentar-se e a levantar voo, em protesto contra o que considera uma “bomba climática” que “emite toneladas de dióxido de carbono no ar do nosso país, num percurso com alternativas rodoviárias e ferroviárias com tempos e custos comparáveis, e compromete o presente e futuro das pessoas que mais amamos”. Ao sair do avião, o apoiante do Climáximo incentivou todas as pessoas a pararem de consentir com os ataques contra a nossa vida, como são os voos de curta distância.

Francisco Siqueira, porta-voz da ação, interroga: “se um voo não levantaria do chão por uma ameaça de bomba, por que é que faz sentido levantar quando a sua própria existência ameaça as vidas de tanta gente?”, e prossegue referindo que “A aviação é a forma mais rápida e injusta de queimar o planeta, mas não há sinais de redução. A quem serve tanta aviação? Não é certamente à grande maioria de pessoas que sofre com a falta de transportes públicos gratuitos de qualidade para as necessidades mais básicas, como chegar ao trabalho”. Em comunicado, o Climáximo considera os 18 voos diários na rota Porto-Lisboa “um ato de violência que é preciso travar imediatamente – podia parar já hoje”. Francisco afirma ainda que “a TAP e as companhias aéreas que operam estes voos devem ser responsabilizadas pelo lançamento destas bombas de carbono. Precisamos de um sistema de transportes públicos gratuitos, eletrificados e eficazes para todas as pessoas, e não de mais aviões a cruzar o céu”.

A exatamente uma semana da ida às urnas, o coletivo refere ainda que “travar a crise climática continua a não estar na mesa de voto, visível no consentimento por parte de todos os partidos à decisão de construir um novo aeroporto em plena crise climática”. Por isso, afirmam, “é necessário construir poder popular para travar a crise climática, pelo direito à cidade, um país habitável para todas as pessoas, transportes públicos gratuitos para o povo, a diminuição da aviação até perto de zero em 2030, e nem mais um projeto que aumente emissões – como expansão e criação de novos aeroportos”.

Neste contexto, está previsto para dia 1 de Junho, no aeroporto de Lisboa, o protesto  “Parar os aviões”, com ponto de encontro às 15:00 na Alameda D. Afonso Henriques.

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