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Parar os aviões - Assentada popular no Aeroporto de lisboa

1 Junho | 15H | Ponto de encontro: Alameda D. Afonso Henriques

travar a crise climática,
transportes para o povo!

Participação especial: a tua!

Sem ti, não podemos parar a destruição da vida e construir um mundo diferente.
Vem demonstrar a tua força!

Vem às próximas Assembleias

26 de Abril de 2025

15:00

GAIA (R. da Regueira 40)

29 de Abril de 2025

18:30

Coreto da Praça José Fontana

Independentemente da tua experiência, idade ou profissão, se sabes que é tempo de parar de consentir com os ataques por parte dos governos e empresas a milhares de vidas e a tudo o que nos rodeia, e se sabes que é tempo de todas as pessoas começarem a agir em conjunto para pararmos a guerra que os governos e as empresas declararam à sociedade e ao planeta, junta-te à preparação desta ação de resistência climática.

Todas as semanas teremos assembleias de preparação, onde poderás saber tudo sobre o porquê desta ação e perceber de que forma te podes envolver mais na sua construção, seja qual for a tua disponibilidade e capacidades. Há um lugar fundamental na construção da ação para qualquer pessoa que sabe que é altura de parar de aceitar a destruição de tudo o que amamos e começar a resistir.

As Assembleias acontecem 3ª Feira às 18h30 e Sábado às 15h00.

Se não tiveres disponibilidade para participar em nenhuma das assembleias mas quiseres na mesma envolver-te na preparação desta ação, preenche o formulário no separador abaixo e iremos contactar-te sobre como podes participar!

Descobre outras formas de participares:

Só com muitas pessoas poderemos travar a crise climática, parar os aviões, e garantir transportes públicos e gratuitos para as pessoas! Algumas das coisas que podes fazer: 

  • Junta-te à equipa de mobilização e junta os teus esforços aos nossos em panfletagens, colagens de cartazes, organização de eventos, bancas, e muito mais 
  • Organiza uma apresentação pública ou debate acerca do aeroporto e da necessidade da redução da aviação e convida-nos! Pode ser na tua escola, universidade, associação, espaço comunitário, etc. 
  • Vives, trabalhas, estudas, ou conheces pessoas e espaços nas zonas de Lisboa mais afetadas pelo aeroporto? Ajuda-nos a organizar uma banca, panfletagem, conversa, ou evento! 
  • Distribui cartazes, panfletos e autocolantes no teu bairro. Preenche o formulário de participação e pede que te enviemos. 
  • Tens mais ideias de mobilização? Festas, eventos, pequenas ações de divulgação, bancas em eventos e jardins, panfletagens, colagens de cartazes, palestras, etc? Fala connosco! Envia um email para climaximo[@]riseup[ponto]net ou preenche o formulário de participação.

Quer gostes mais de fazer design gráfico, de mobilizar o máximo número de pessoas para vir à assentada através de bancas em jardins ou distribuição de panfletos, ou de ajudar em dar apoio legal à ação, há uma equipa para ti! Preenche o formulário, aparece numa assembleia ou entra em contacto através do nosso email para te juntares.

Lê a Convocatória AQUI.

Se fazes parte de uma organização e queres subscrever a convocatória, fazer atividades conjuntas ou apoiarem esta assentada envia um email para climaximo[@]riseup[ponto]net

Junta-te agora através do seguinte formulário ou AQUI.

Para que servem e o que são os treinos para a assentada?

  • são fundamentais para a preparação para a assentada popular #PararOsAviões no Aeroporto do dia 1 de Junho

  • a participação em pelo menos UM treino é suficiente para participar na assentada

  • são abertos, não é preciso inscrição e podem trazer amigas, colegas, família

  • qualquer pessoa pode vir e experimentar, e perceber que papel quer ter na assentada, bem como estar mais preparada para o momento da ação

 

Nestas Formações em Ação de Massas vais aprender e treinar várias técnicas de ação direta e criar o teu grupo de afinidade (grupos de 5 a 10 pessoas com a confiança e o alinhamento necessário para cuidarem umas das outras antes, durante e pós ação) para assegurar o melhor desenrolar da ação e que ninguém fica para trás.

Nunca fizeste uma ação? Este é o local e o momento para aprenderes as técnicas base, compreenderes o que é resistência civil e como tomamos decisões coletivas na ação.

Já fizeste várias ações? Vem treinar as técnicas essenciais para ação, partilhar experiências, integrar um grupo de afinidade e equipas de ação, tal como praticar a tomada de decisões coletivas rápidas.

Já tens um grupo de afinidade? Organizem-se e participem juntas na formação!

Não é necessária inscrição e a participação é gratuita e aberta a todas as pessoas.

A formação tem a duração de 3h30, sendo necessário participares na formação inteira.

O aeroporto de Lisboa é a infraestrutura do país mais responsável pelo agravamento da crise climática

O aeroporto Humberto Delgado é a infraestrutura que mais emite gases com efeito de estufa em Portugal, em grande parte devido ao enorme e crescente volume de voos movidos a combustíveis fósseis.

Em 2024, passaram pelo aeroporto de Lisboa 35,1 milhões de passageiros: o triplo da população portuguesa, tendo a empresa ANA lucrado recordes. Para além dos impactos climáticos, este é um espelho da turistificação que assombra a cidade.

Vem connosco fazer uma assentada popular e perturbar o horário de pico dos voos!

A aviação é a forma mais rápida e injusta de queimar o planeta, mas não há sinais de redução.  A quem vai servir um novo aeroporto e a expansão do atual?

Os aviões são armas de uma guerra declarada por governos e empresas às pessoas e ao planeta. O crescimento das infraestruturas aeroportuárias (como novo aeroporto em Alcochete e a expansão do atual) é um ato de violência.

O objetivo desta assentada é conseguir criar disrupção no horário de pico dos voos no dia 1 de Junho, domingo. Vamos criar poder popular pela não expansão da aviação, pelo fim dos voos de curta distância onde poderiam existir comboios acessíveis e ecológicos, pela redução número de passageiros e do tráfego aéreo na Portela até quase 0 em 2030, e por um sistema de transportes públicos grátis e eletrificados para todas as pessoas.

Deixar o nosso futuro às urnas é suicídio.

Mais uma vez, fomos levados a eleições legislativas antecipadas. E, mais uma vez, é a guerra contra as pessoas e o planeta que vai a votos. Eles estão em guerra contra nós e não escondem: em plena crise climática, há um consenso parlamentar sobre querer construir novos projetos mega-emissores como a construção de um novo aeroporto. Eles querem investir nos combustíveis fósseis, na guerra, nas armas, nas fronteiras, nos despejos, no “mercado livre”, e no fascismo.

Todos conhecemos esta história, porque é a mesma do ano passado. Eles não têm um plano para travar a crise climática e social. Eles querem aumentar a aviação. Eles não têm planos compatíveis com um planeta habitável. Eles prometem e prometem, mas quem manda neste sistema é o lucro.

Nós sabemos que a única forma de travar o colapso climático é construir poder popular.

A resistência ao colapso climático e social é nas ruas, e não nas urnas. No dia 1 de Junho, junta-te à assentada popular no Aeroporto de Lisboa Parar os Aviões para votarmos com os nossos corpos: nem mais um projeto que aumente emissões, por uma cidade e um país habitável para todas as pessoas, por transportes públicos gratuitos para o povo, e pela diminuição da aviação a quase zero até 2030.

Deixar o nosso futuro às urnas é suicídio. Levanta-te e luta!

Por soluções de mobilidade limpas e justas como a ferrovia e transportes públicos eletrificados e gratuitos para todas as pessoas.

Por uma sociedade mais enraizada na terra e com mais tempo livre, para podermos deslocar-nos de forma mais lenta.

Se fazes parte de uma organização e queres subscrever a convocatória ou colaborar envia um email para climaximo[@]riseup[ponto]net

FAQ

Como posso envolver-me?

O primeiro passo é apareceres na próxima assembleia aberta da assentada popular. Podes ver neste website e nas redes sociais qual a próxima data. Caso não possas aparecer na assembleia, preenche o formulário de participação e entraremos em contacto contigo. Podes apoiar com colagens de cartazes pela cidade; distribuição de panfletos no teu bairro, em cafés, centros comunitários, etc; criar conteúdo online como posts e vídeos; fotografar; fazer materiais criativos como faixas e cartazes; entre tantas outras coisas. Tens ideias de como podes mobilizar mais pessoas? Fala conosco para, em conjunto, pormos essas ideias em prática!

Porquê no aeroporto?

O aeroporto de Lisboa é a maior fonte emissora de gases com efeito estufa em Portugal, em grande parte devido ao enorme e crescente volume de voos movidos a combustíveis fósseis. O aeroporto é a infraestrutura do país mais responsável pelo agravamento da crise climática, cujas consequências vimos em desastres como os de Valência. Para travar a crise climática e evitar as suas piores consequências não podemos permitir nem mais uma obra de expansão – nem na Portela, nem um novo aeroporto em Alcochete; temos de parar voos de curta duração e jatos privados; e precisamos de garantir uma diminuição drástica da aviação até quase zero.

Além disso, o número de passageiros continua a crescer e bater recordes (35,1 milhões de pessoas passaram pelo aeroporto de Lisboa só em 2024). Isto significa não só um aumento das emissões de gases com efeito de estufa, mas também uma sobrecarga cada vez maior na cidade de Lisboa que beneficia apenas o mercado imobiliário, e não as pessoas – deixando de haver casas para viver, e passando a dominar as casas para turistas e especulação. Portugal é atualmente o país da OCDE onde é mais difícil comprar casa. Os impactos afetam ainda as comunidades, escolas e bairros mais próximas do aeroporto, que relatam um nível de barulho insuportável até durante a noite. 2 milhões de pessoas que moram perto do aeroporto ou na rota dos aviões estão ainda em risco de problemas de saúde devido às partículas ultrafinas, sendo este o valor mais alto de toda a Europa.

O que é uma assentada?

Uma assentada (ou sit-in) é uma forma de protesto. Os manifestantes ocupam um espaço estratégico, geralmente público, e permanecem sentados por um tempo pré-definido, até serem cumpridos os objetivos da ação (ou impedidos de continuar). Neste caso, vamos sentar-nos em conjunto no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, para perturbar o horário de pico dos voos do dia 1 de Junho, dia do início da época alta.

Porquê uma assentada?

Queremos uma forma criativa e acessível de conseguirmos garantir, em conjunto com muitas outras pessoas, que o horário de pico de voos do dia 1 de Junho seja perturbado.

Apesar de o aeroporto ser a infraestrutura mais poluente do país, os únicos planos em seu redor são de expansão, aumentando o número de passageiros (que atualmente já vai em mais de 35 milhões por ano) e atrasando uma transição energética para o fim da indústria fóssil e a construção de um sistema de transportes coletivos gratuitos e descarbonizados.  

Desta forma, o crescimento das infraestruturas aeroportuárias (como o novo aeroporto em Alcochete ou a expansão da Portela) e do volume de voos é um ato de violência premeditado, uma vez que as consequências da emissões de gases com efeito de estufa no clima são bem conhecidas. É por isso que reafirmamos que a crise climática é uma guerra declarada por governos e empresas à sociedade e ao planeta, desrespeitando todos os limites da vida em prol do lucro. 

Escolhemos uma assentada popular como tática devido à sua acessibilidade de participação a muitas pessoas, visibilidade pública, e ao  seu longo histórico de sucesso em disrupção pública da normalidade.

O objetivo da assentada é conseguir criar disrupção numa aparente normalidade de funcionamento do aeroporto que, afinal de contas, não é normal: está a custar a vida a todas as pessoas numa guerra climática declarada por governos e empresas à sociedade e ao planeta. Assim, vamos sentar-nos para perturbar o horário de pico dos voos no domingo, dia 1 de junho de 2025, início da época alta e o dia de semana com mais movimento. Com esta disrupção popular, queremos deixar claro que nós, as pessoas comuns, sabemos que é preciso parar os aviões, ter um plano para a diminuição da aviação nos próximos 5 anos, e transportes coletivos e gratuitos para as pessoas – e vamos lutar por isso, porque sabemos que os governos e as empresas têm planos contrários aos interesses das pessoas.

Que alternativas à aviação propõem?

 

O sistema económico atual é construído sob o império dos combustíveis fósseis. Nesse sentido, a prioridade do sistema é sempre aumentar o lucro e manter a rentabilidade de opções de mobilidade baseadas em combustíveis fósseis e no individualismo ao invés das soluções para o bem comum das pessoas e do planeta.

Não pretendemos reinventar a roda. Há diversas alternativas tecnológica, social e ecologicamente viáveis que podem ser já implementadas. Precisamos de um plano nacional e internacional de transportes públicos acessíveis para colmatar as necessidades reais das pessoas. Este tem como corpo principal a ferrovia, rodeada por transporte rodoviário público, coletivo e elétrico, complementado por opções mais leves como bicicletas e viagens a pé. Vê como no nosso Plano de Desarmamento.

Mas o Climáximo defende o fim das viagens de avião? Não vou poder andar mais de avião?

A redução das emissões da aviação exige cortar significativamente o número de voos, priorizando apenas emergências humanitárias ou locais para onde não conseguimos ir de outra forma. Continua a ler para perceberes o porquê. 

Para conseguirmos mantermo-nos abaixo da linha de segurança definida pela ciência de até 1.5ºC de aquecimento face a níveis pré industriais até 2100, os países precisam de cortar as suas emissões de gases com efeito de estufa. Portugal, sendo um país europeu, tem a responsabilidade histórica de cortar pelo menos 85% das suas emissões até 2030. Estas contas não são apenas gráficos e números. São a diferença entre haver mais episódios como os de Valência, ou conseguirmos travar os piores efeitos da crise climática.

Precisamos de, em primeiro lugar, parar a proliferação de mais infraestruturas que, ao emitirem grandes quantidades de gases com efeito de estufa, nos estão a matar.  Ou seja, não podemos permitir nem mais um projeto que aumente emissões. Isto significa que a expansão do aeroporto de Lisboa ou a construção de um novo aeroporto em Alcochete são ataques a nós e à vida que devem ser travados. Também significa parar imediatamente todos os jatos privados, bem como todos os voos de curta distância (como Lisboa – Porto) para os quais já há alternativas viáveis.

Após travar o aumento de emissões, é preciso cortar emissões. Isto implica desativar todas as infraestruturas emissoras e ativar uma transição justa, compatível com os limites da vida e prazos da ciência. Para alcançarmos neutralidade carbónica em 2030, isto é, travarmos o colapso climático, é preciso que a maioria dos setores, incluindo a aviação, tenham praticamente 0 emissões em 2030. Soluções tecnológicas como eletrificação ou combustíveis alternativos ainda não são viáveis em larga escala. Isto significa que a redução das emissões da aviação exige cortar significativamente o número de voos, priorizando apenas emergências humanitárias ou locais para onde não conseguimos ir de outra forma. Mais informações sobre podem ser encontradas no nosso Plano de Desarmamento e Plano de Paz.

É justo defender o quase fim da aviação até 2030? A culpa é das pessoas que andam de avião?

A aviação não é tão democrática como as empresas querem que achemos. Na realidade 80% da população mundial nunca andou de avião. É provável que tu, que estás a ler este texto, já tenhas andado de avião. Isso faz de ti culpada? Não. A verdade é que a aviação não só é altamente poluente como altamente injusta: metade das emissões provenientes da aviação foram feitas por apenas 1% da população. Esta pequena minoria é também a mais rica: os 10% mais ricos utilizam 75% da energia do transporte aéreo.

E então as pessoas que viajam por obrigação ou para estarem com amigos e familiares? Sabemos que, muitas vezes, a opção mais barata e acessível para viagens de média a longa distância é andar de avião. Termos de nos deslocar de uma forma que está a matar-nos e a matar quem amamos, por não conseguirmos ter o tempo e o dinheiro para outras opções de deslocação. Não é uma escolha, é uma imposição violenta sobre nós. Tu não escolheste que a forma mais barata de ir de Lisboa a Paris ou Barcelona seja ir por avião. Não escolheste que o sistema ferroviário em Portugal seja antiquado, caro, e pouco útil às populações. Não escolheste que o comboio Lisboa-Madrid esteja desativado. Não escolheste viver num mundo em que o lucro das empresas importa mais do que as nossas vidas. Não escolhemos viver neste sistema nem somos os culpados. Não escolhemos viver em crise climática. 

Porém, neste momento, a única forma de protegermos tudo o que amamos piores dos danos da crise climática é pararmos as fontes de emissões e, desta forma, pararmos os ataques às nossas vidas. Precisamos de parar a maioria dos voos, deixando apenas estritamente necessários. Teremos depois de perceber como podemos chegar aos locais e às pessoas que precisamos e amamos, salvaguardando que estes não tenham sido destruídos.

Então e voos de longa distância?

Primeiro, há que fazer a separação: os voos de longa distância são para sítios onde se poderia ir de comboio ou outro tipo de transportes menos emissores (como barco)? Se sim, então a opção de ir de avião só deveria existir em casos de extrema necessidade (emergência humanitária, por exemplo).

Caso não haja outra forma de chegar ao sítio sem ser de avião, então será necessário garantir um uso consciente e racional dos voos (por exemplo, será mesmo necessário um voo todos os dias?).

Em conjunto, e sabendo que precisamos de cortar a quantidade de emissões para a atmosfera se queremos continuar a ter um planeta habitável, teremos de perceber quais são as prioridades de acordo com necessidades, bem como justiça climática e responsabilidade histórica. Sabemos que, se não travarmos a crise climática, os lugares e pessoas que amamos vão sofrer catástrofes inimagináveis.

Porque é que são contra a construção de um novo aeroporto, se essa é uma solução apontada para resolver o problema de longa data de sobrecarga da Portela?

O Plano de Desarmamento e a ciência são claros: para ficarmos abaixo dos limites de temperatura definidos pela ciência como “barreiras de segurança” do aquecimento global, Portugal precisa de cortar mais de 80% das suas emissões de gases com efeito de estufa até 2030 de acordo com critérios de justiça climática global. Um novo aeroporto irá aumentar em muito as emissões de gases com efeito de estufa do país, ao aumentar grandemente a capacidade de voos e número de passageiros. A ideia de que construir um novo aeroporto irá resolver o problema da Portela é falsa. Boa parte do financiamento do novo aeroporto seria proveniente das taxas de passageiros arrecadadas pela ANA no aeroporto Humberto Delgado, o que indica uma alta probabilidade de, se depender dos atuais governos e empresas, não haver nenhum fecho nem redução significativa em breve. Além disso, transferir emissões da Portela para Alcochete não pode ser a solução.

Nesse sentido, precisamos de cancelar imediatamente qualquer projeto que aumente emissões de grande escala em Portugal, incluindo a expansão da rede de gasodutos, a construção do novo aeroporto bem como expansões portuárias e aeroportuárias, e instituir uma moratória que proíbe projetos futuros desta natureza. O aeroporto da Portela precisa de ser requalificado nos próximos 5 anos porque até 2030 precisamos de ter aviação virtualmente zero, o que significa uma redução em mais de 90% do volume de voos atuais.

Faço parte de uma organização/associação/coletivo. Como podemos apoiar?

Se leram a convocatória e concordam, há várias formas de apoiar! Podem subscrever a convocatória, partilhar o cartaz da ação nas vossas redes sociais, produzir comunicação sobre o porquê vão à assentada, e aparecer no dia 1 de Junho. Enviem-nos um email para climaximo[@]riseup[ponto]net para subscreverem ou para vermos em conjunto outras formas de apoiarem.

Como vai acontecer?

Vamos primeiro encontrarmo-nos às 15h na Alameda D. Afonso Henriques e, em conjunto, vamos seguir de transportes públicos até ao Aeroporto. Depois, em solidariedade e com criatividade, vamos fazer a assentada. O “como”, bem como outros detalhes, é aquilo que vamos discutir juntas nas assembleias abertas.

Quantas pessoas participarão?

Não sabemos isso. Mas sabemos que sem ti, que estás a ler este texto, não é possível parar a crise climática. Junta-te às centenas de pessoas que já estão a agir. Sem um grande número de pessoas não vai ser possível fazer uma assentada que pare a normalidade no aeroporto nem parar os aviões; nem, a médio-longo prazo, travar a crise climática em conjunto. 

Mas sabemos que sem ti, que estás a ler este texto, não é possível parar a crise climática. Junta-te às centenas de pessoas que estão a agir. Se formos muitas conseguiremos parar a normalidade!

Vamos invadir a pista?

Não.

Todas as manifestações são “legais”: as pessoas têm o direito a protestar e a lutar pelas suas vidas. Isso nunca poderá ser posto em causa.

O aeroporto não é um espaço privado, e os espaços interiores (antes da passagem dos portões de check-in) não são reservadas apenas a quem tem bilhete. No entanto, é possível que as forças policiais ou de segurança queiram acabar com a assentada popular antes de ela cumprir com o seu objetivo de causar disrupção na hora de pico dos voos. Isso é normal, porque elas existem para proteger a normalidade existente – mesmo se a normalidade significar violência e morte.

Para nos prepararmos, vamos ter várias assembleias de ação abertas e públicas, bem como formações de ação, para sabermos como agir de forma tranquila, com coragem para fazer história, e em solidariedade umas com as outras.

Porquê resistência civil? Que diferença essa ação pode/vai fazer?

Já utilizamos ferramentas tradicionais: petições, protestos convencionais, relatórios, etc. Contudo, o impacto tem sido insuficiente para a escala da crise climática. A resistência civil torna a emergência climática impossível de ignorar e desafia diretamente as normas que perpetuam esta crise, desafiando as pessoas impactadas a juntarem-se à resistência climática. 

Apesar de a resistência civil poder acarretar mais riscos e de estar a ser crescentemente criminalizada, a verdade é que existe uma diferença entre aquilo que é legal versus aquilo que é legítimo. Por exemplo, apesar de um sistema tão vil como a escravatura ter sido perfeitamente legal, muitas pessoas escravizadas e aliados organizaram protestos e rebeliões consideradas ilegais – embora, como reconhecemos hoje, totalmente legítimas. Hoje, é a nossa vez de desafiar o sistema económico fóssil e o frenesim dos lucros para lutarmos por um clima, vidas, casas, cidades e territórios justos.

Podes ler mais sobre o porquê de ações de disrupção pública aqui.

E se eu não puder participar na assentada?

Podes apoiar de várias formas, mesmo que não participes diretamente na assentada. Durante as assembleias de ação iremos ter diferentes equipas, garantindo que todas as pessoas possam contribuir com suas habilidades e disponibilidade. Precisamos da ajuda de todas! Algumas formas de apoio incluem:

  • Comunicação – ajudar a documentar a ação, tirar fotos, fazer vídeos e divulgar nas redes sociais.
  • Suporte logístico – transporte de materiais, bem-estar e cuidados das pessoas a participar na assentada, etc.
  • Presença e solidariedade – estar no local para dar apoio moral, interagir com a imprensa ou simplesmente reforçar a força coletiva da ação.
Preciso de me inscrever para participar na ação?

Não. Mas, se quiseres envolver-te na preparação da ação bem como estar melhor preparado, recomendamos participação nas formações e assembleias.

Preciso de me inscrever para participar nas assembleias de ação ou formações?

Não, podes só aparecer e trazer amigos, família e colegas.

Preciso de ter experiência para participar?

Não. Qualquer pessoa pode e deve participar, mesmo sem experiência prévia e independentemente da sua idade, género, etnia, etc. Recomendamos que participes nas assembleias e nas formações de ação, para uma melhor preparação e criação de afinidade.

Preciso de preparação física ou emocional?

Para a segurança e bem-estar de todas as pessoas é importante estares preparada. Só precisas de vir a uma formação em resistência civil. Haverá várias, cujas datas serão anunciadas em breve. Também recomendamos participares nas assembleias para estares envolvida na construção de como será o protesto. Se não conseguires mesmo, está atenta as dicas e materiais que vão ser sugeridos nas redes sociais e aparece no dia 1 de Junho às 15h na Alameda com família, amigos, e cartazes com palavras de ordem, e participa nas assembleias de ação durante o protesto.

É seguro levar crianças?

A assentada popular acolhe todas as pessoas que sabem que temos de travar a crise climática, independentemente da idade. Se levares crianças, aparece numa assembleia ou formação em resistência civil para poderes encontrar um grupo de afinidade que tenha em conta as necessidades de todos vocês.

Haverá preparação?

Sim. Serão organizadas assembleias e formações nos meses que antecedem a ação, para todas nós estarmos mais preparadas para todas as etapas e possíveis desdobramentos.