11 apoiantes do Climáximo irão passar mais de 24h detidas após o protesto desta manhã. A justificação dada pela polícia de “prevenir a continuidade do protesto” é criticada pelo coletivo como sendo politicamente motivada, para manter a marcha em direção ao caos climático. Climáximo garante que só um plano de desarmamento fóssil e paz poderão parar o movimento.
Pelas 10 da manhã, mais de uma dezena de apoiantes do Climáximo foram detidas num protesto que parou a normalidade em Lisboa. As ativistas serão levadas a tribunal às 10h de amanhã, sendo por isso libertadas muito depois disso, garantindo mais de 24h de detenção.
No processo de detenção, duas ativistas foram obrigadas despirem-se totalmente – uma prática usada contra ativistas no passado, para a qual a PSP já tem processos no Ministério Público.
Leonor Canadas, engenheira agrónoma e porta-voz do coletivo, afirma que “o sistema justifica práticas inéditas de detenção para prevenir protestos, porque sabe que protestos que param a normalidade funcionam. Nós também sabemos que estes protestos funcionam, e sabemos para onde nos dirigimos sem eles.”
24h depois da última conferência das partes, o presidente da Arábia Saudita afimou que o acordo produzido não afeta a capacidade de vender petróleo, e múltiplas petrolíferas (Shell, Chevron, Petrobras) anunciaram novos projetos de petróleo e gás. Simultaneamente, ativistas são detidas por resistir contra uma normalidade dirigida por instituições que matam. Não temos dúvidas sobre quem está do lado certo da história.
O coletivo afirma que não parará de resistir, e convida todas as pessoas a uma sessão aberta segunda-feira no GAIA em Alfama, às 19h.