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“A crise climática é um genocídio”: Apoiantes do Climáximo fazem marcha lenta na Calçada do Combro e são detidas pela PSP após apenas 20 minutos

Este domingo pelas 11h, 4 apoiantes do Climáximo foram detidas pela PSP após apenas 20 minutos em marcha lenta “de resistência climática” na Calçado do Combro em Lisboa. O objetivo era “alertar a sociedade para parar de consentir com este sistema”

Esta manhã pelas 11h horas, um grupo de 4 apoiantes do Climáximo com idades entre os 19 e os 49 anos fizeram uma marcha lenta “de resistência climática”, disrompendo o normal funcionamento do trânsito. Um deles segurava na faixa que dizia “A crise climática é um genocídio” enquanto afirmava a sua necessidade de estar ali porque “sou pai e trabalhador, e não podemos continuar a consentir com este sistema”. Após apenas 20 minutos de marcha, e não obstante o facto de ter sido devidamente comunicada, as 4 apoiantes foram detidas pela PSP.

“A sociedade não pode continuar a consentir com os crimes de governos e empresas que, de forma consciente e contínua, nos condenam à morte através da expansão da indústria fóssil.”, declara Maria Mesquita, porta-voz da acção. “Esta semana, foi anunciado que a Galp arrecadou vários milhões de euros pela descoberta de um novo poço de petróleo na Namíbia. Isto é inaceitável, é um ataque à vida de todos nós. Não podemos continuar a consentir com este sistema, onde as empresas e os governos declararam guerra ao planeta e à sociedade”.

Quando questionados sobre se as acções iriam continuar, Maria afirma que “reconhecemos nas acções dos governos e das empresas uma declaração de guerra à vida, e é uma guerra com a qual não consentimos. Sabemos que estamos a viver um período histórico e que só a resistência popular pode pôr um travão ao colapso climático para onde caminhamos. Nós estamos a fazer aquilo que precisa de ser feito. A sociedade, todos nós, temos de entrar em resistência. Só paramos quando os pararmos.”

Esta ação acontece na mesma semana em que, nas vésperas do 50º aniversário do 25 de Abril, 11 apoiantes do Climáximo em julgamento por um protesto político. Já ontem, sábado, 2 apoiantes do Climáximo foram também detidos por marcharem pela zona dos Sapadores em Lisboa, não obstante o enorme apoio que em geral se fez sentir por locais e turistas nas ruas em que passavam, tendo até algumas pessoas juntando-se à marcha.

O coletivo convoca todas as pessoas que querem parar de consentir com “a guerra contra a vida” para se juntarem à resistência climática.

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