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Ações de Abril – O que aconteceu e próximos passos

Em 2 semanas tivemos 4 dias de Assembleias de Abril e 6 ações. Eis o Abril da resistência climática:

Assembleias de Abril

O julgamento dos “Onze de Abril”, apoiantes do Climáximo que bloquearam a avenida Eng. Duarte Pacheco em Dezembro de 2023 em Lisboa, foi mais do que sobre o que acontecia em tribunal: este julgamento e este momento histórico foi sobre cada uma de nós. É sobre como daqui a 50 anos se vai contar o que foi feito pelas pessoas hoje para travar a guerra contra a vida.

Ao longo dos 3 dias estivemos em solidariedade e resistência nas Assembleias de Abril com concertos solidários, debates, assembleias de ação, e sessões de materiais. Por aqui passaram perto de uma centena de pessoas em solidariedade.

Na Assembleia de Ação de segunda-feira, as pessoas decidiram quais as medidas do Plano de Desarmamento que pretendem “enfatizar” numa “grande ação de resistência contra a guerra que nos foi declarada” que aconteceu a 3 de Maio. Lê tudo aqui.

Depois de estarmos nas ruas dia 25 de Abril, onde falamos com mais de 10 mil pessoas, dia 26 de Abril voltamos, e 27, e …

Celebrar as lutas do passado em plena crise climática implica hoje não consentirmos com a guerra que os governos e empresas declararam contra as pessoas.

Estivemos nas ruas e no metro para quebrar a falsa sensação de paz social. Por 2 dias falamos com centenas de pessoas no metro de Lisboa e distribuímos panfletos. Uma das vezes fomos parados pela polícia.

Nos dias 27 e 28 de Abril fizemos marchas lentas pela Graça e pela Calçada do Combro para interromper a normalidade do colapso climático e apelar à sociedade para parar de consentir com este sistema. Apesar do apoio de populares e de a manifestação ter sido devidamente comunicada à CML, a polícia não hesitou em deter um total de 6 pessoas.

É necessário dizer a verdade às pessoas para que possamos tomar decisões informadas e realistas – os planos atuais do governo levam a que em 2026 tenhamos emitido o suficiente para subir acima dos 1.5°C. Sabemos que estamos a viver um período histórico e que só a resistência popular pode pôr um travão ao colapso climático para onde caminhamos. 

Marchas e Metro

Nova sede da Galp nem aqui nem em lado nenhum

Na manhã de 30 de Abril, um grupo de apoiantes do Climáximo estilhaçou os vidros da fachada da nova sede da Galp e pintou a frase “Galp: nem aqui nem em lado nenhum”.

O único futuro para a Galp tem que ser o desmantelamento e a responsabilização da empresa pela destruição que está a causar: os recursos da Galp devem ser usados não para encher os bolsos dos acionistas, mas sim para pagar a necessária transição energética, que tem de ser iniciada já, e que tem de colocar no centro de decisão os trabalhadores da empresa e comunidades afetadas.

No mesmo dia a GALP afirma que a nova descoberta de reservas equivalentes a 10 mil milhões de barris de petróleo na Namíbia, ou a mais de 100 anos de consumo de petróleo para Portugal, é o que vai ajudar a pagar a transição. No mesmo dia sabemos que a GALP está com lucros recorde, distribuindo 425,06 milhões pelos seus acionistas e colocando a família Amorim ainda mais ultra rica.

Dia 3 de maio marchamos para “parar a banalização da violência e mortes associadas à crise climática e apelar a que a sociedade pare de consentir com a destruição da vida e resista lado a lado, garantindo medidas essenciais à sobrevivência, como o fim de novos projetos que aumentem emissões, de investimentos públicos em combustíveis fósseis e a garantia de que sejam os mais ricos a pagar a transição necessária”, como se lia nas faixas empunhadas pelos manifestantes.

Durante as Assembleias de Abril, dezenas de pessoas decidiram continuar a lutar contra a crise climática, decidindo em conjunto medidas do plano de desarmamento para esta ação, por acreditarem que o risco não fazer nada é muito maior do que as consequência de agir, quer para as suas vidas, quer para a de milhões de outras pessoas.

Ação de resistência

Vais consentir ou vais resistir?

Junta-te à resistência climática! Vem ter connosco nos eventos de Maio:

Em Estado de Guerra, o que fazer? – Apresentações públicas
  • 9 de Maio, 5ª feira, às 19h no GAIA Lisboa (Rua da Regueira 40, Alfama)
  • 25 de Maio, sábado, às 15h no BOTA (Anjos, Lisboa)
 
Junta-te às “Leituras em Emergência Climática, Leituras pela Justiça Climática”!
Inscrição obrigatória:
 
Vamos estar nas Jornadas pela Democracia Energética!
Este fim de semana no Liceu Camões vem participar nas Jornadas pela Democracia Energética. Se nos encontrares na banca, diz-nos olá! Sabe mais aqui.

Temos mais de 9 mil euros em multas - Apoia

Até agora, temos aproximadamente 9 mil euros em multas. A resistência ao sistema faz-se em conjunto! Contamos com o teu apoio para ajudar a pagar multas? Cada euro conta. 

Para saber mais sobre como contribuir e nos ajudar a enfrentar esses desafios, visita aqui.

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