“Estivemos no CIDAC a discutir o movimento internacional por justiça climática e as lutas de resistência pelos vários cantos do mundo, em particular no Sul Global, no âmbito das Leituras em Emergência Climática, Leituras pela Justiça Climática.”
29 de maio, quarta-feira, das 18h30 às 20h30, com convívio a seguirCIDAC, Rua Tomás Ribeiro, 3-9 1069-069, Lisboa
A crise climática é uma crise existencial da Humanidade. Nunca estivemos tão perto de um cenário de catástrofes em cascata que colocam em risco de colapso as bases físicas e químicas da civilização. Isto faz com que, pelo mundo inteiro, todas as populações estejam a lutar contra os projetos de expansão energética e pela justiça climática.
A partir do número dois da revista Outras Economias “Estado de Emergência: justiça climática e justiça económica”, vem discutir connosco o estado atual do movimento internacional pela justiça climática.
A crise climática não acontece no vazio, acontece em sociedade e afeta as relações de poder. Mas a crise climática é também causada exatamente por estas relações de poder. É uma crise do capitalismo; é – como qualquer outra crise do capitalismo – uma crise da natureza expansiva do capitalismo e que o capitalismo tenta resolver com um novo salto expansivo.
Os conteúdos de base para esta sessão serão:
- Rehema Peter explica-nos o mega-projeto de oleoduto na Tanzânia e no Uganda, o East African Crude Oil Pipeline.
- Miguel de Barros, da Tiniguena, conta como o financiamento verde e os esquemas de compensação funcionam na Guiné-Bissau.
- A Mariana Riquito analisa como a expansão energética se manifesta com os projetos de mineração no Barroso.
- Finalmente, o texto elaborado pelo CIDAC, traz-nos a experiência do movimento francês Les Soulèvements de la Terre e a forma como se têm construído alianças populares para proteger os territórios contra os mega-projetos da expansão energética.
Em todos estes exemplos atuais da expansão energética, as populações e as organizações pela justiça climática constroem resistência e alternativas. Para dar algum contexto a esta participação popular, desenhámos um mapa com alguns dos principais movimentos pela justiça climática no mundo.
Não é necessário ler todos os textos previamente para participar na sessão. Vamos ter algum tempo para lermos juntas com calma e também umas pequenas apresentações iniciais para provocar a discussão.
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