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Apoiantes do Climáximo interrompem o final da Meia Maratona da EDP para denunciar os crimes desta empresa

“Fim ao Fóssil até 2030!” e “3% do território ardido” são algumas das imagens que constavam nos cartazes nas mãos das 3 pessoas que se sentaram na meta final da Meia Maratona da EDP para “denunciar o lavar do sangue que está nas mãos da indústria fóssil, com patrocínios a eventos sociais e desportivos”.

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Na manhã de dia 26 de Outubro, 3 apoiantes do Climáximo invadiram a Meia Maratona da EDP, empresa de combustíveis fósseis, acusando-a de “tentar lavar a sua imagem através de um evento deportivo quando, na realidade, é uma empresa diretamente responsável pelas mortes e desalojamentos forçados frutos da crise climática que esta empresa provoca conscientemente”.

Os três manifestantes – uma estudante do ensino superior, uma trabalhadora numa associação cultural, e um trabalhador da indústria hoteleira – sentaram-se perto da meta final segurando cartazes que enunciavam frases como “Verão mais quente e seco dos últimos 94 anos”. De acordo com a porta-voz da ação, Matilde Alvim, esta ação pretende “denunciar a empresa EDP como culpada direta da crise climática e dos desastres a ela associados. Apesar de todo o greenwashing feito por esta empresa, é preciso sermos claros: a EDP continua a deter centrais de produção de eletricidade através de gás fóssil, impedindo uma transição justa. O gás é um combustível fóssil tão danoso como o petróleo ou o carvão, ao contrário do que nos querem vender. Para conseguirmos um planeta habitável e ficarmos dentro dos limites de aquecimento delimitados pela ciência climática, Portugal precisaria de ter eletricidade 100% renovável e gratuita já este ano, 2025. Ao invés disso, governos e empresas prendem-nos ao gás fóssil como suposta ‘energia de transição’. Não está a haver uma transição energética dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, mas sim uma expansão energética da diversificação das fontes de energia e de lucro de empresas como a EDP”. A porta voz do grupo acrescenta ainda que “em 2025 já não há nenhuma empresa que possa alegar desconhecer que a sua atividade está a causar directamente milhões de mortes e desalojamentos forçados e a destruir as condições básicas para a existência da Vida. Precisamos do fim dos combustíveis fósseis até 2030 – isto é uma medida existencial.”. O coletivo relembra ainda que 2024 foi o ano mais quente desde que há registo, e que nesse ano, pela primeira vez, a temperatura anual média do planeta foi 1.5 graus mais quente do que a média pré-industrial.

O Climáximo apela à participação de toda a sociedade na marcha “O Nosso Futuro Não Está à Venda”, liderada pelos estudantes da Greve Climática Estudantil que anunciaram que caso o governo não apresente um plano justo para o fim aos combustíveis fósseis no país até 2030 – uma reivindicação existencial e subscrita por milhares de estudantes de dezenas de escolas e universidades deste país – irão “paralisar as suas escolas e universidades, culminando na manifestação de dia 22 de Novembro que pretende unir toda a sociedade à luta pelo fim ao fóssil”. O Climáximo apela a que “todos, independentemente da idade, profissão e origem, se juntem àquela que é a luta pelas nossas vidas. Não podem ser só os estudantes. Vamos, todos juntos – estudantes, professores, mães e pais, avós, médicos, enfermeiros, trabalhadores da cultura, etc – demonstrar que o nosso futuro não está à venda!

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