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Climáximo lança edição do “Plano de desarmanento e plano de paz” no 10º encontro nacional por justiça climática e promete “Assentada Popular” no aeroporto

O Encontro, realizado em Lisboa, teve a participação de dezenas de organizações e de uma centena de pessoas de todo o país que discutiram o “Plano pela Justiça Climática”

Durante o Encontro Nacional por Justiça Climática, convocado por mais de 20 organizações, o Climáximo lançou uma versão editada do Plano de Desarmamento e Plano de Paz, um plano “realista” cujo objetivo é “travar o colapso social e ecológico”, tendo como enquadramento “a crise climática como um estado de guerra declarado unilateralmente pelos governos e empresas contra as pessoas e o planeta”. O Plano de Desarmamento e Plano de Paz, do Climáximo, foi um dos documentos debatidos ao longo do Encontro que juntou cerca de uma centena de pessoas no Liceu Camões.

De acordo com comunicado enviado, o Plano – que já era público desde 2023 – consiste em “dezenas de medidas para parar esta guerra, travar a crise climática, e construir justiça social”, tendo sido o resultado da união entre “propostas formuladas e discutidas ao longo das últimas décadas por movimentos sociais, académicos, sindicatos e técnicos”. A edição lançada conta com ilustrações de Nuno Saraiva, que dá forma e cor às três fases propostas pelo Plano: “parar a proliferação, as medidas que podem ser tomadas hoje que travam o aumento das emissões e da indústria fóssil; desativar todas as armas; para cortar as emissões atuais e iniciar um processo de transição justa; e o Plano de Paz, que propõe linhas orientadoras sobre democracia, justiça social, regeneração de ecossistemas e da sociedade”.

“Este é um plano das pessoas para as pessoas que oferece uma alternativa de justiça e paz, diametralmente oposta aos planos de morte e destruição a que o sistema nos está a condenar. É responsabilidade de todas as pessoas tomar ação para que a única alternativa ao colapso social e climático se construa e se concretize”, afirma Leonor Canadas, apoiante do Climáximo e porta-voz do comunicado.

E é pela necessidade de “lutar e construir a alternativa ao colapso” que o Climáximo convocou no eixo da “Agenda pela Justiça Climática” do Encontro uma “assentada popular para parar os aviões, travar a crise climática e por mais transportes para o povo” marcada para dia 1 de Junho no Aeroporto Humberto Delgado, com ponto de encontro às 15h na Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa. O coletivo convida “todas as pessoas a participarem na assentada popular para perturbar o horário de pico dos voos”, deixando claro que “a expansão da Portela e a construção de um novo aeroporto é um ato de violência de governos e empresas, e um investimento no sítio errado. Para a neutralidade carbónica e o fim aos combustíveis fósseis em 2030, precisamos de um sistema de transportes coletivos eficaz e gratuito que sirva todas as pessoas”. A próxima assembleia aberta de ação está marcada para o dia 1 de Março às 14h30 no GAIA.

A Declaração Final do Encontro Nacional por Justiça Climática aponta também para uma série de outros próximos passos e iniciativas de outras organizações do movimento por justiça climática, incluindo uma greve estudantil “pelo fim ao fóssil até 2030″ no dia 28 de Abril a que se seguirá “duas semanas de paralisações nas escolas”, convocada pelo coletivo Greve Climática Estudantil.

Plano de Desarmamento e de Paz: https://www.climaximo.pt/plano/

Convocatória da ação “Parar os Aviões”: https://www.climaximo.pt/parar-avioes/

Declaração Final do Encontro: https://justicaclimatica.pt/

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