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Foram absolvidas as apoiantes do Climáximo que se colaram a um avião da TAP que ia fazer o trajeto Lisboa-Porto para denunciar as emissões “absurdas, mortíferas” e “completamente desnecessárias” dos voos de curta distância

Na manhã de 18 de outubro de 2023, no aeroporto da Portela, apoiantes do Climáximo impediram a normalidade num voo de Lisboa para o Porto, procurando alertar para a “insanidade” que são os voos de curta distância,  salientando a necessidade de um decrescimento drástico na indústria da aviação e opondo-se à construção de mais um aeroporto. Segundo o Climáximo, para travar a crise climática é urgente o corte de emissões, sendo urgente abolir os voos “inúteis” como são os voos de curta duração, que condenam o futuro de todos em nome de uma comodidade só ao alcance de alguns. 

Em comunicado, o coletivo afirma que é “urgente” que se cancelem “novos projetos que aumentem as emissões, como é o caso do novo aeroporto, que descrevem como “um projeto de morte”. O fim destes voos deve ser acompanhado por uma “redução drástica na indústria da aviação em geral, acompanhada pela expansão da ferrovia e criação de um serviço público de transportes coletivos públicos, renováveis e gratuitos, garantindo a transição justa dos trabalhadores do setor da aviação para um setor de transportes seguro”.

A absolvição das pessoas  é, de acordo com o coletivo, “um exemplo claro de que a repressão judicial sobre aquelas que lutam pela vida de todos é uma opção do sistema, existindo alternativas”. Para o coletivo, “fica evidente com esta decisão que as condenações cada vez mais pesadas  são uma escolha, e não uma inevitabilidade. Todos os envolvidos, desde as forças policiais até aos juízes, passando pelo Ministério Público, têm nas suas mãos a possibilidade de escolha: continuar a manter um sistema que está em guerra com a sociedade e o planeta, ou recusar-se a consentir com um aparelho de destruição”, afirmam em comunicado. O coletivo relembra ainda que têm neste momento “mais de 9 mil euros em multas para pagar”, tendo sido aplicadas até a algumas pessoas penas suspensas de mais de 1 ano “por lutarem pela vida”.

O Climáximo tem convocada para dia 23 de Novembro a ação e manifestação de resistência civil “Parar Enquanto Podemos” , marcada para as 15h com início na Praça Paiva Couceiro, em Lisboa.  

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