Esta manhã, cinco grupos de resistência civil apoiantes da “Oil Kills” – uma Revolta Internacional para acabar com o petróleo, o gás e o carvão até 2030 – causaram perturbações em aeroportos de toda a Europa. O Climáximo apoia esta iniciativa pelo fim dos combustíveis fósseis até 2030.
Hoje, em seis países europeus, os voos sofreram atrasos devido aos apoiantes se terem sentado nos caminhos de circulação dos aeroportos, enquanto que a circulação normal dos passageiros foi perturbada nos terminais dos aeroportos e a caminho deles.
As acções desta manhã foram levadas a cabo por apoiantes da “Letzte Generation” na Alemanha e na Áustria, “Folk Mot Fossilmakta” na Noruega, “Extinction Rebellion” na Finlândia, “Futuro Vegetal” em Espanha, “Just Stop Oil” no Reino Unido, “Drop Fossil Subsidies” e “Act Now – Liberate Switzerland” na Suíça e da rede internacional “Stay Grounded”.
Segundo um porta-voz da campanha “Oil Kills”: “As pessoas comuns estão hoje a tomar o assunto nas suas próprias mãos para fazer o que os nossos governos criminosos não conseguiram fazer. Estamos a colocar os nossos corpos sobre os pilares da economia fóssil global e a dizer que o petróleo mata; recusamo-nos a morrer pelos combustíveis fósseis e recusamo-nos a ficar parados enquanto centenas de milhões de pessoas inocentes são assassinadas. Estamos a resistir aos nossos governos assassinos e às elites criminosas que estão a ameaçar a sobrevivência da humanidade.”
“A crise climática não terminará até que todos os países tenham eliminado gradualmente os combustíveis fósseis, mas aqueles que têm a maior responsabilidade e a maior capacidade devem fazer o máximo. Como cidadãos de países ricos do Norte Global, exigimos que os nossos governos deixem de extrair e queimar petróleo, gás e carvão até 2030 e que apoiem e financiem outros países para que façam uma transição rápida, justa e equitativa. Os nossos governos têm de assinar um Tratado sobre Combustíveis Fósseis para acabar com a guerra contra a humanidade antes que percamos tudo.”
O Climáximo solidariza-se com esta ação europeia de resistência civil. Uma apoiante do Climáximo, Alice Gato, acrescenta que “depois de sabermos que ontem foi o dia mais quente alguma vez registado, é o dever de todas as pessoas resistir para travar o colapso social e climático para o qual os governos e as empresas de todo o mundo estão deliberada e conscientemente a empurrar a humanidade. Os governos e as empresas estão a escolher condenar milhões de pessoas à morte todos os anos e a tornar o nosso planeta inabitável, mas todas as pessoas vivas nesta década decisiva da humanidade podem decidir não consentir com o rumo ao inferno climático para o qual eles nos estão a levar. É a responsabilidade de todas as pessoas vivas hoje resistir à guerra que os governo e empresas declararam contra a sociedade e o planeta e tomar ação pelas nossas próprias mãos para desmantelar as armas que são os combustíveis fósseis até 2030.”
No comunicado de imprensa enviado pela “Oil Kills” pode-se ler que “Esta manhã é apenas o início. Os governos e os produtores de combustíveis fósseis estão a travar uma guerra contra a humanidade. Mesmo os chamados líderes climáticos continuaram a aprovar novos projectos de carvão, petróleo e gás, empurrando o mundo para uma catástrofe global e condenando centenas de milhões de pessoas à morte. Precisamos de uma resposta internacional de emergência para salvar vidas. Enquanto os líderes políticos não tomarem medidas rápidas e decisivas para proteger as nossas comunidades dos piores efeitos do colapso climático, continuaremos a resistir. O nosso trabalho continua a ser essencial, moralmente correto e cada vez mais urgente. A ligação entre o petróleo, o gás e o carvão e as vidas humanas é agora absolutamente clara: o petróleo mata.”