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OE26 e lucros da GALP: A venda do Futuro e a promessa de mais ataques contra a Vida

A Greve Climática Estudantil acusa o Governo de estar a vender o futuro dos jovens e escolher ativa e conscientemente condená-los a um planeta inabitável. Climáximo declara que o OE26 em votação hoje e os lucros da GALP lançados hoje são uma declaração de guerra à Vida.
Os 2 movimentos convocam todas as pessoas para saírem às ruas dia 22 de Novembro, porque “O Nosso Futuro não está a Venda”.

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Hoje, na mesma manhã em que se debate o Orçamento de Estado para o próximo ano, os lucros do terceiro trimestre da GALP em 2025 foram lançados e batem, mais uma vez, os recordes. “Assistimos à celebração de uma das famílias mais ricas e assassinas de Portugal, a família Amorim, em conjunto com a (votação e esperada) aprovação do Orçamento de Estado que não só não cumpre a Lei de Bases do Clima, ao não apresentar um orçamento de carbono, como apresenta e financia a destruição ainda mais rápida das condições básicas para a existência de Vida, tal como o desmantelamento de todos serviços básicos: saúde, educação, habitação e alimentação” afirma Mariana Rodrigues, porta-voz do Climáximo.

Catarina Bio, estudante de Direito e porta-voz da Greve Climática Estudantil, afirma por sua vez que “o plano atual do governo é vender o futuro das gerações atuais para encher os bolsos dos seus amigos e empresas como a GALP, enquanto nos condenam a muitas de nós a sermos migrantes forçados aos 40 anos e a um mundo inabitável”. Em comunicado lê-se que este orçamento não apresenta medidas para travar a crise climática, e que é mesmo um incentivo à “destruição desenfreada, com a GALP a indicar que cortou por escolha própria nas energias renováveis e aposta em expandir os fósseis, estando à procura de mais poços de petróleo”.

Desde as Greves Climáticas Estudantis em 2019 que mobilizaram para as ruas milhares de pessoas, até às ocupações de escolas em 2022 que uniram centenas de estudantes, e às e as dezenas de protestos perante os políticos, que os estudantes dizem em alto e bom som: “a luta pelo Fim ao Fóssil até 2030 é uma reivindicação existencial.” Em 2024, os estudantes entregaram ao governo uma carta a exigir que este apresente um plano para acabar com o uso de combustíveis fósseis no nosso país até 2030, através de uma transição justa que não prejudique as pessoas que não causaram esta crise. Catarina explica que “a ciência é clara: o uso e exploração de combustíveis fósseis está a destruir as condições que permitem a vida no planeta. Parar de usar os combustíveis fósseis é possível tecnicamente, humanamente indespensável e a única forma de travarmos o crescente de violência contra as pessoas e a ascenção do fascismo.”

Os 2 movimentos convocam “todas as pessoas que não consentem com os ataques contra as pessoas” a participarem na manifestação “O Nosso Futuro não Está à Venda!” a acontecer dia 22 de Novembro, às 15h no Largo de Camões. Esta marca o último dia dado ao Governo na Carta dos Estudantes. Este é também o último momento para todos os governos do mundo decidirem sobre a Vida, dado tratar-se do final da COP30. Por fim, marca também o início do processo na especialidade do Orçamento de Estado. Os colectivos dizem que esta é uma manifestação pelo “fim dos combustíveis fósseis e todas as formas de violência contra as pessoas”.

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